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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Curiosidades da Língua Portuguesa




Já perceberam as diferenças que existem entre o modo de falar do português e o modo de falar nosso, brasileiro?


Veja esse exemplo:

Diferença no uso da língua

Por exemplo, você se chama Sílvia e um português muito amigo seu quer convidar você para jantar. Ele provavelmente vai perguntar: "A Sílvia janta conosco?" Se você não estiver acostumada esse uso diferente, poderá pensar que ele está falando de uma outra Sílvia, e não de você. Porque, no Brasil, um amigo faria o mesmo convite mais ou menos assim: "Sílvia, você quer jantar com a gente?" Nós não temos, como os portugueses, o hábito de falar diretamente com alguém como se esse alguém fosse uma terceira pessoa... 

    Veja como o povo brasileiro não tem costume de usar o pronome no dia a dia, principalmente, na sua fala (a oralidade regional).
    
        Cheguei na bera do porto 
        Onde as onda se espaia.
        As garça dá meia volta,
        Senta na bera da praia.
        E o cuitelinho não gosta 
        que o botão de rosa caia.

        Quando eu vim de minha terra,
        despedi da parentaia.
        Eu entrei no Mato Grosso,
        dei em terras paraguaia.
        Lá tinha revolução, 
        enfrentei fortes bataia.

        A tua saudade corta 
        como o aço de navaia, 
        O coração fica aflito,
         bate uma, a otra faia.
        E os oio se enche d'água 
       que até a vista se atrapaia. 

A CANÇÃO "Cuitelinho", na voz de Nara Leão. Marcos Bagno (A língua de Eulália). 

OBSERVAÇÃO: Esse texto é coloquial (vocabulário popular), visto que não há necessidade da colocação pronominal, pois o seu público não é letrado. O revisor de texto tem que possuir não só o conhecimento linguístico, mas sim a distinção.


Fiquem atentos aos posts da Professora Juliana Gouvêa. Sempre teremos muitas dicas aqui!

sábado, 25 de maio de 2013

PECULIARIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

PORTUGUÊS CLÁSSICO / PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO


Segue o exemplo abaixo 

REGÊNCIA ARCAICA E CLÁSSICA

PERGUNTAR ALGUÉM ALGUMA COISA
EX:  "Perguntou-o que homem era" (Santo Graal, séc. XIV)

REGÊNCIA CONTEMPORÂNEA


PERGUNTAR A ALGUÉM ALGUMA COISA
EX: "Na quarta passada , Roberto Justus perguntou a um participante o nome do personagem de Conan Doyle que vivia na Baker Street "

REGÊNCIA ARCAICA E CLÁSSICA
   
COMEÇAR + INFINITIVO
EX: "Começou fazer suas orações" (S.Josafate , séc.XVI)

Começar de + infinitivo

"Começou de chamar por Galatea" ( Pe.Manuel Bernardes ,séc.XVII)


REGÊNCIA CONTEMPORÂNEA
    
Começar a + infinitivo
"Pelo plano, dez mil máquinas iriam para quarenta e quatro cidades de um projeto - piloto e a novidade racionalizadora começaria a funcionar em 2001"

REGÊNCIA ARCAICA E CLÁSSICA

Desejar a + infinitivo
"Deseja a morrer(Cancioneiro da Vaticana ,séc.XIII)

Desejar de + infinitivo
"Deseja de Comprar-vos para gênero" (Camões Lusíadas , séc.XVI )

REGÊNCIA CONTEMPORÂNEA

Desejar + infinitivo
"A oposição também vai disputar as eleições de 2010 e não desejaria sofrer desgaste diante do eleitorado mais pobre"

REGÊNCIA ARCAICA E CLÁSSICA

Cuidar a +infinitivo
"E o comde cuidou logo a ser morto " ( Livro das Linhagens ,séc.XIV )

REGÊNCIA CONTEMPORÂNEA
 Cuidou de + infinitivo

"Chegado ao poder em 5 de julho de 1932, Salazar cuidou de preparar a base constitucional e legislativa do Estado Novo"

                    
Considerações a respeito das regências:  Isso aconteceu com muitos verbos na história da língua. Mudaram de regência (ou passaram a admitir duas ou mais regências), ao longo do tempo.

sábado, 18 de maio de 2013

Gabarito: Preposição


GABARITO COMENTADO: 

1. ERRADO. O USO DA PREPOSIÇÃO "de" é decorrente da regência de "dúvida".

2. CERTO. 

Para que você possa empregar as preposições é necessário que o aluno tenha conhecimento prévio em relação a regência verbal. 

       Machado de Assis é exemplo literário e de vida em que devemos seguir. Ele soube se conservar pequena grandeza conquistada. Suas obras se transpõem para o mundo moderno com fidelidade da imutabilidade da natureza humana. Em um de seus lampejos dizia que algumas madames da sociedade carioca de sua época "não tinham cultura, mas tinham finura." Digo eu, finura o tinha que nasceu pigmeu e no confronto com a vida conseguiu se esmerar e morreu gigante.  

     OBSERVAÇÃO: interprete a regência verbal descobrindo a transitividade verbal.



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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Preposições




        1) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA -2005) - CESPE /UNB

    Não há dúvida de que, no inicio do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de Constituição de um "império mundial". Mas, se o mundo chegasse a esse ponto e constituísse um império global, isso significaria - ao mesmo tempo e por definição - o fim do sistema político interestatal. E o mais provável, do ponto de vista econômico, é que tal transformação viesse a significar também o fim do capitalismo. Em uma linguagem mais próxima da física e da termodinâmica do que da dialética hegeliana, pode- se dizer que a expansão do poder global na direção do império mundial é, ao mesmo tempo, uma força que levaria o sistema mundial à entropia, ao provocar sua homogeneização interna e o desaparecimento das hierarquias e conflitos responsáveis pelo dinamismo e pela ordem do próprio sistema. 



José Luis Fiori-Correio Braziliense, 25/12/2004

Em relação ao texto acima, julgue os itens que seguem. 
1. O emprego da preposição "de" em "Não há dúvida de que"(L.1) justifica-se pela regência da forma verbal"há".
2. Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição "de" em "Não há dúvida de que" (L.1) também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta. 



No sábado sai o gabarito comentado. Até lá, estude bem sobre as preposições!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

"Tu" ou "você"?

       

    VEJA A PRÓXIMA DICA :    

        - Puxa vida, como você é bonita e que lindas borboletas TE acompanham!.
No uso culto da língua, que é formal e cuidadoso, não misturamos pessoas gramaticais. Se usamos você, não podemos usar tu [....]. No uso informal da língua, falamos à vontade, de modo espontâneo. (Oliveira e Campos, 2005, 5:101).


          OBSERVAÇÃO: O primeiro equívoco está na afirmação "o uso culto da língua ...... é formal e cuidadoso". Ela simplesmente nega a existência de um uso culto informal e espontâneo. Em seguida, quem usa te em correlação com você não está "misturando pessoas gramaticais ", está simplesmente usando o ip oblíquo que corresponde tanto a tu quanto a você.


Ainda ficaram dúvidas quanto à utilização do "tu" e do "você"? Entre em contato com a professora Juliana Gouvêa e entenda melhor essa relação.

domingo, 12 de maio de 2013

Quando usar corretamente o "tu" ou o "você"?



        VEJA O EXEMPLO: 


                Quando estamos conversando  com as pessoas, podemos trata-lás de diversas formas, como, por exemplo, por TU ou por VOCÊ. Ao escolher uma dessas formas de tratamento, o falante deve mante-lá até o fim de sua conversa. Não deve, por exemplo, dirigir-se a alguém empregando TU e logo em seguida empregar VOCÊ. Deve manter a uniformidade de tratamento. Na linguagem coloquial, é comum ignorar-se essa regra . Faz-se uma mistura de formas de tratamento (FARACO E MOURA, 2005,5 : 222).



                 O discurso aqui é injuntivo e dogmático, sem explicações que justifiquem suas prescrições. Por que é preciso manter "até o fim" a suposta "uniformidade de tratamento"? Quem é que, numa conversa espontânea com pessoas íntimas ,impõe a si mesmo esse controle? Quem é que se detém, num diálogo íntimo, para comentar a ilusória "mistura de tratamento"? Por que desejar que alguém, na fala espontânea, nas negociações verbais, fique atento a uma suposta regra que não pertence à gramática de sua língua? (MAGNO BAGNO).


E você? Utiliza a forma culta da língua portuguesa em seus escritos?  E na comunicação oral também toma esse cuidado?

Dúvidas? Entre em contato com a professora Juliana Gouvêa e agende seu horário!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Resposta do post: "A interferência da oralidade..."


Apesar de tentar chamar a atenção do usuário da língua portuguesa  para a realidade dos usos dos pronomes, os autores insistem em usa a expressão mistura de tratamento e em associá-la à "linguagem coloquial". Além disso, os IP de 2ª pessoa mais usados (tu e você) são indicadores de muita intimidade entre os interlocutores ou, no mínimo, de informalidade de tratamento (caso de você). Ora, se assim é, fica incoerente distinguir uma "linguagem formal" de uma "linguagem coloquial" quando o assunto é a interlocução entre pessoas íntimas. 

  Ainda nesse exemplo, observe-se essa orientação: 

    Devemos empregar tu ou você? tanto faz. As duas formas são válidas. Embora muitas pessoas atualmente empreguem você para se dirigir ao interlocutor, em algumas cidades e Estados brasileiros predomina o emprego do pronome reto tu. Também é comum haver a mistura das duas formas de tratamento, como, por exemplo,na frase: 'Não te convidei porque você não poderia ir'. Se, no entanto, o locutor pretende usar a língua de acordo com a variedade padrão, deve optar por uma das formas de tratamento: 'Não te convidei porque tu não poderias ir' ou 'Não o convidei porque você não poderia ir'. (Cereja e Magalhães,2005,5:189). Aqui novamente cabe perguntar: quem é que se refere a seu interlocutor usando tu ou você "variedade padrão", se tais pronomes indicam o grau máximo de intimidade e de informalidade? A probabilidade de ocorrência das opções oferecidas pelos autores é baixíssima: a primeira ("Não te convidei porque tu não poderias ir")  caracteriza variedades regionais (do sul, por exemplo) pode até ser ouvida eventualmente; a segunda, no entanto ("não convidei porque você não poderia ir"), só mesmo numa linguagem extremamente artificial, no mínimo jocosa e, sobretudo, nada brasileira. 


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quarta-feira, 1 de maio de 2013

A interferência na oralidade na escrita em relação ao uso do pronome de tratamento

                
Todas as considerações a respeito desse assunto sobre o uso dos pronomes de tratamento evidentemente se aplicam à linguagem formal. Na linguagem coloquial, a mistura de tratamento é bastante comum. Assim, dificilmente você ouvirá, no dia a dia, os pronomes oblíquos (os, as) associados aos pronomes de tratamento. Em vez de: 'Você me pediu que o ajudasse em suas dificuldades' será mais comum ouvir: 'Você me pediu que te ajudasse em suas (tuas) dificuldades'.

Você já notou este tipo de interferência? Saberia dar exemplos práticos?

Na sexta voltaremos a falar sobre este assunto.

Tire dúvidas com a Professora Juliana Gouvêa!