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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Preconceito linguístico




Marcos Bagno 

Como era antigamente ? 

"BRASILEIRO NÃO SABE PORTUGUÊS / SÓ EM PORTUGAL SE FALA BEM PORTUGUÊS" 

Os gramáticos antigos recomendavam, ou acatavam, que as formas faltantes dos verbos defectivos fossem preenchidas por um verbo similar. O verbo que mais aparece nas gramáticas antigas seguindo esse padrão é precaver-se. Como ele só é empregado nas arrizotônicas, isto é, quando a vogal tônica está fora do radical (nós nos precavemos, vós vos precaveis, radical precav), os gramáticos sugeriam que as formas faltantes da conjugação fossem preenchidas por um sinônimo, precatar, por exemplo. Então a conjugação "completa" do verbo precaver-se ficava assim: 
               
OBSERVE O EXEMPLO: 

EU ME PRECATO
TU TE  PRECATAS 
ELE SE PRECATA 
NÓS NOS PRECAVEMOS 
VÓS VOS PRECAVEIS 
ELES SE PRECATAM .
                    
                HOJE ISSO É INUSUAL 

     Agora é com vocês. 

 Questão nº1 
Há erro de concordância verbal na sentença: 
 a) Devemos imaginar que possam haver verdadeiros patriotas entre nós. 
 b) Hão de existir sempre preconceitos contra os quais não se pode lutar. 
 c) Haverão os mortos de retornar e retomar o que lhes pertencia de direito? 
 d) Os acordos havidos entre as partes serão respeitados. 
 e)  Cuidemos para que não haja injustiças na distribuição dos cargos. 












GABARITO COMENTADO: 
LETRA OFICIAL A - Devemos imaginar que possa haver verdadeiros patriotas entre nós. 


Dúvidas? Entrem em contato com a Professora Juliana Gouvêa e agende seu horário!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NOVIDADES REFERENTE A LINGUAGEM COLOQUIAL VERSUS A LINGUAGEM FORMAL


 
PRECONCEITO LINGUÍSTICO.

O caso dos abundantes se dá quando popularizam-se diferentes formas verbais, criando conjuguações duplas para uma mesma pessoa, tempo, número ou modo verbal: é o caso de imprimido e impresso. 

A VELHA SABEDORIA POPULAR:
IMPRESSO OU IMPRIMIDO? 

            As vezes, verbos diferentes, ou pelo menos com empregos diversos, se utilizam do mesmo particípio. É o caso do verbo imprimir, que pode ser usado com o sentido de reprodução de caracteres ou de aplicar (imprimir velocidade a um carro, por exemplo).
             Como resolver um problema desses? O ideal é "Eu tinha imprimido  farto material escrito" ou "Eu tinha impresso farto material escrito"? O povo, espontaneamente, vai dando solução. Vem optando por ficar com impresso, esse particípio irregular, para a impressão de material escrito ou gravado e com imprimido, particípio regular, com o segundo sentido, de aplicar velocidade: "Ele tinha imprimido mais velocidade ao carro e aos poucos se aproximava dos da frente "e" Eu tinha impresso farto material escolar!".
             O povo acaba resolvendo a seu jeito esse tipo de problema. Quem ainda usa cozer, que se confundia na pronúncia com coser? Resultado da homofonia: os dois verbos praticamente estão mortos, o primeiro substituído por cozinhar, e o segundo por costurar. Pronto, desfeita a confusão. Com a indefinição de poço e poça também se resolveu: o de profundidade, vertical, portanto, é poço; o de superfície, horizontal, é poça. E assim vai: copo é para beber;  copa é onde se bebe ou come, etc. Sapiência popular.

                                   CONSIDERAÇÕES FINAIS
DEVEMOS ADQUIRIR, UMA NOVA VISÃO EM RELAÇÃO A LÍNGUA PORTUGUESA, SABENDO USÁ-LA E INTERPRETÁ-LA; DE ACORDO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS ORAIS E ESCRITAS: RESPEITANDO A GRAMÁTICA E SEMPRE REATIVANDO O ENSINO DA NOSSA LÍNGUA; GRAMÁTICA REFLEXIVA.

domingo, 25 de agosto de 2013

DÚVIDA NA HORA DE FALAR - Gabarito

GABARITO DA ÚLTIMA POSTAGEM:
1- pelo
2- pelo
3- por
4- por
5- com a
6- pelos
7-
a
8- ao
9- à
10- aos 





Ainda restaram dúvidas? Entre em contato com a Professora Juliana Gouvêa e marque seu horário!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

DÚVIDA NA HORA DE FALAR



ANTIPATIA PELO CHEFE, COM O CHEFE, AO CHEFE OU DO CHEFE? 
DEIXAI VIR A MIM (OU VIREM A MIM?) AS CRIANCINHAS. 


                Desafio 
                            NÃO SÓ GRAMÁTICA 
    1) Exercite o seu português completando as lacunas com as partículas indicadas entre parênteses

1) Este livro foi escrito por um aficionado ................... futebol. (com o, do, pelo, ao)
2) O livro conta o retorno do Brasil .............................. ápice do futebol mundial ( ao, com, pelo)
3) Nota-se a aversão ....................................................... exercícios físicos em todas as camadas da população ( por, com, a)
4) Quando Darwin tinha dez anos, ele já era ávido............ conhecimentos (de, por, em, com).
5) Ele trabalha em uma sala contígua.................................. minha (com a, da, à ).
6) O dono do hotel mostrou-se hostil ................................ convidados (aos, com, pelos)
7) A escritora demonstrou ser avessa ............................... demonstrações de carinho (com, a, por)
8) Tais caracteristicas são inerentes .............................. ser humano ( com o, ao, pelo)
9) A passagem de pedestres foi construída rente .............. linha de trem (com a , à )
10) Admiro os comissários de bordo , pois eles são sempre solícitos .......... passageiros (com os, aos, pelos ) . 

            CONSIDERAÇÕES FINAIS: PORQUE LÍNGUA, FORÇOSO REPETIR, NÃO É SÓ GRAMÁTICA. É INTERAÇÃO, E É PROTESTO DE RUA; É FALAR E OUVIR, ESCREVER E LER, MAS TAMBÉM INTRIGA E LUTA, CERTEZA E DRIBLE, INTELIGÊNCIA E INCONSCIÊNCIA, DELICADEZA E MÁGOA, PRAZER E CUMPLICIDADE. A CULPA DE ELA SE TORNAR MENOS DO QUE É ( SER "SÓ GRAMÁTICA" ) É APENAS NOSSA.



AGUARDEM, ESTA SEMANA SAI O GABARITO.

SE PREPAREM COM A PROFESSORA JULIANA GOUVÊA!!

domingo, 11 de agosto de 2013

A importância da fala na linguagem



 "A fala é o dia a dia do falante, com menor preocupação gramatical e maior ênfase e sentidos, que guiam a comunicação" 

 Confusão e insegurança na pronúncia (a interferência da oralidade na escrita) / O grande desafio da Língua Portuguesa em relação a escrita e a Língua falada envolvendo a sociedade, ou seja, sociolínguistica.  

        Talvez o medo de errar a pronúncia de verbos ainda não defectivos seja um desses fortes fatores transformadores. Veja, como a oralidade interfere na escrita, "eu não compito com ele abertamente",  de maneira que muita gente reluta para dizer isso", achando que, se o verbo é competir, por que teria essa forma compito? Mas nessa mesma linha não vejo ninguém com receio de dizer "eu não confiro dados de banco "! Ora, confiro é formas do verbo conferir, ou seja, convivemos bem com uma forma consagrada e tememos a forma menos usual. Assim, se as pessoas vão deixando de empregar os verbos por esse tipo de medo, a tendência deles é ficar com defeito. 
        Peguemos o verbo polir. Ainda que seja um verbo sem defeito, a primeira pessoa do presente do indicativo é pulo, mas corre-se o risco de confundir com a forma pulo do verbo pular. Numa frase como "eu pulo meu carro uma vez por mês", o que será que o interlocutor ou leitor entenderá? Acaba ficando ambígua, apesar da dificuldade evidente e aparente de se pular um carro. O mais lógico aqui seria polir. Por achar que essa confusão é insuperável, vai-se deixando de usar essa forma do verbo polir e ela simplesmente morre, transformando-o num defectivo, o que ocorrerá brevemente . 
          
                Considerações finais: Gramática nunca mais / Veja o exemplo  

                                          Variações de registro - oralidade e escrita 

    Segundo Marcuschi ," A oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob variadas formas e gêneros textuais" 
                            Veja , então, aqui o trecho da entrevista, num bate papo informal. 

    P: Como é o dia a dia na vida de vocês aqui na comunidade ?
    E1:Ah! Nóis levanta cedo pra ir da iscola
    E2: Também nóis ajuda nossos pais, joga bola solta pipa .
    P: Vocês nasceram aqui na comunidade, vocês gostam daqui? 
    E1: Opa! Aqui é nossa vida, aqui todo mundo conhece todo mundo. 
    E2: Ali na esquina, tem um sapatero que é meu tio, ele é muito manero, o senhor conhece ele? 
    P: Não! Por que você diz que seu tio é muito maneiro? 
    E2: Ah! Porque ele é divertido, é brincalhão, zua todo mundo, é legal!
    P: Então! O que vocês esperam do futuro? 
    E1: Eu quero istuda e fazê faculdade, quero sê adevogado.
    E2: Ah! Eu num sei ainda o que eu quero não! 
Eu trabalho de pegá caxa de papelão na rua, sabe!

      OBSERVAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS. 
Pôde-se observar nesta pesquisa o registro de algumas palavras na escrita, a expectativa, devido ao tempo de escolarização desses informantes, seria um maior número de acertos quanto a fala, mas o que pôde-se observar é que os erros não eram esperados, pois ocorreu informações que esses informantes eram letrados, apesar dos "erros". 
 Entende-se, então, que o comportamento das semivogais altas glides/i/ e /u/ tanto na "ditongação" e "monotongação"e, sobretudo na fala, é considerado normal em algumas regiões, comunidades e nível social.

     NÃO SÓ ATUALIZE MAS APRIMORE SEU PORTUGUÊS CADA VEZ MAIS NO CURSO JULIANA ROCHA GOUVÊA.

sábado, 3 de agosto de 2013

Os tijolos das palavras


    

As palavras lexicais são carregadas de significados enquanto as gramaticais são "vazias" mas são a base da formação das frases e textos. 
       
GRAMATICALIZAÇÃO 
RELAÇÕES LINGUISTICAS 


        A gramaticalização tem seu papel primordial no processo da mudança linguistica: assim como as erupções vulcânicas, os maremotos, os terremotos abalam e redesenham a face da terra, 
a gramaticalização também contribui para extinção de "espécies" gramaticais e, ao mesmo tempo, para o surgimento de novas. Os principais agentes da gramaticalização são: a metáfora, a metonímia, a analogia, a reanálise sintática , a recategorização, a relação icônica etc...

        Veja o exemplo / teste em que nível esta seu português.

    Na frase "Há três anos (que) não o vejo", "há" é verbo ou preposição? De um lado, "há" permite flexão de tempo ("Havia três anos que não o via") e comuta com "faz"; de outro, comuta com preposições; "Não o tenho visto por três anos", "De três anos para cá não o vejo". (Em italiano e alemão, a mesma construção utiliza respectivamente as preposições da e seit, "desde": Da tre anni non lo vedo, Seit drei Jahren habe ich ihn nicht gesehen.) Se "há" é verbo, então o período é composto por subordinação, em que "há três anos" é a oração principal e "que não o vejo" é a subordinada. Mas também é possível considerar que o período é simples e que "há três anos" é adjunto adverbial de tempo; logo, "há" seria uma preposição? 
              
         ALDO BIZZOCCHI é doutor em linguística pela USP e AUTOR DE LÉXICO E IDEOLOGIA NA EUROPA OCIDENTAL (Annablume)