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domingo, 31 de março de 2013

Não existe texto ruim. O que existe é o texto mal-elaborado

Imagem: http://ceimsantoantonio1.blogspot.com.br/

 A NECESSIDADE DAS DIFERENÇAS


    De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis. Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em códigos genéticos com o passar do tempo.
    Se no âmbito biológico as variações são imprescindíveis á vida, no sociológico não é diferente. Uma vez que todos são iguais, seríamos atingidos pelos mesmos problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as ideais seriam semelhantes.
    A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.
    Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la, necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidade de trabalho, educação e saúde para todos.
    Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos.


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domingo, 24 de março de 2013

Não existe texto descartável. O que existe é a oralidade regional



      Observamos ao ler o Depoimento de D.Dirce. 

     Leia com atenção o texto abaixo. Em seguida, proceda à análise do texto, entendendo o que pensa quem nele se posiciona. 

        D. Dirce 

     Cê-acha que existe alguma cidade de dentro d' água que a gente num sabe? Se existe, talvez pode ir pra lá matar, entendeu? 
     Pesquisar como a gente pesquisa sobre a água, sobre os bicho que existe na água, entendeu? Eles também deve ter curiosidade sobre nós que vivemos aqui sobre a terra, entendeu? Pode pegar pra levar pra pesquisar. Porque a gente assim pequeno que vai tomar banho, de três, quatro ano, ele pega e leva pra fora.... pra água e ninguém nunca mais acha não! E talvez ele matasse....você falou certo.


     Talvez se ele matasse, ela boiava, né? Mas só que nunca ninguém encontrou, entendeu? Ele levou e desapareceu mesmo! Agora se encantou pra virar como eles, isso também [faz um ar de interrogação] eu num sei. Fica pontinho, pontinho e....sei não!  

(Depoimento de D.Dirce, para a obra Oralidade e Literatura, manifestações e abordagens no Brasil, organizado por Frederico Augusto Garcia Fernandes) 



OBSERVAÇÃO A SER CONSIDERADA PELOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Por isso, no processo de alfabetização, o agente alfabetizador precisa ter plena consciência de que nem tudo o que se escreve se pronuncia, nem tudo o que se pronuncia se escreve, e que a ortografia é um conjunto de símbolos, em boa medida arbitrariamente escolhidos, empregados para escrever, os quais, como todo símbolo, exigem um conhecimento prévio para          sua interpretação, uma iniciação, uma vez que seu significado não pode ser deduzido apenas de sua figura. Nem tudo que parece um O soa[o]. Por isso, a ortografia nunca deve ser considerada como um "retrato fiel" da língua falada. Também é preciso estar ciente de que não é a escrita que determina a fala, mas exatamente o contrário:  para tentar registrar a língua falada é que surgiu a escrita. E não  há nada na escrita que faça dela uma entidade supostamente mais importante e mais organizada do que a língua falada. Essa suposta importância é fruto exclusivo de fenômenos socioculturais e político-ideológicos relacionados à natureza grafocêntrica das sociedades ocidentais.


Dúvidas? Entre em contato com a Professora Juliana Gouvêa!

terça-feira, 19 de março de 2013

Curiosidades da oralidade



            BOÊMIA, BOEMIA

            BOÊMIA - Ambas as formas designam vida noturna, vida alegre e despreocupada. A forma boêmia, porém, é mais erudita. *Na Lapa, cheia de encantos e de BOÊMIA  airada, o barzinho estava repleto
* Mariano, personagem central de "Memórias de um gigolô" foi meu amigo de BOEMIA.

            2-A forma boêmia é, ainda, o feminino do adjetivo e do substtantivo boêmio, que se refere a pessoa que tem esse modo de vida.
* O estilo é simples, quase bobo, mas os fatos que narra e as opiniões que dá sobre a vida BOÊMIA ajudam a entender uma época.

             3-   O substativo próprio geográfico tem apenas uma forma: BOÊMIA.
* No salão de visitas o lustre da Boêmia pendia, faiscando cristais móveis. 


Fiquem atentos para as próximas postagens da Professora Juliana Gouvêa!

domingo, 10 de março de 2013

O uso do hífen na escrita


Agora é com vocês, descubra qual palavra que tem hífen e a qual não possui.
 
Boa vida, boa-vida.

Boa vida - É a sequência de adjetivo e substantivo
  • O jogador de futebol é um privilegiado, pois tem BOA VIDA, altos salários, assistência médica, boa comida e pouco trabalho.
 
Boa-vida - É substantivo que significa "vida folgada", "vagabundagem".
  • Elegantes, os saltos voltaram para aterrorizar as mulheres, já acostumadas à BOA-VIDA do tênis.
 
Veja outro exemplo abaixo:

"
Pessoa pouco afeita ao trabalho" (com a mesma forma para masculino e feminino: substantivo comum de dois)
  • Vejam em Jacob o que quiserem: um BOA-VIDA, um imbecil ou apenas um animal bonito.


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quarta-feira, 6 de março de 2013

A interferência da oralidade na escrita - Comentários

No sábado publicamos um texto escrito por um adulto em processo de alfabetização. Hoje comentaremos alguns aspectos dele:


froresta- esse é um indício de que o autor desse texto provém de uma comunidade em que os encontros consonantais de oclusiva + /l/ não fazem parte da fonologia da variedade linguística ali falada. Conforme já estudamos, o fenômeno do rotacismo esteve presente na formação histórica da língua, e os falantes de VLE que se valem dele estão simplesmente levando adiante uma tendência muita antiga na história do idioma. Nesse caso, portanto, não se trata de erro de ortografia, mas de uma variedade linguística que apresenta outro sistema fonético, diferente do das variedades urbanas de prestígio.

pichos-
é comum, no início da aprendizagem da escrita, ocorrer troca de letras que representam sons que têm traços em comum, como é o caso de [B] e [P], ambas bilabiais e oclusivas, diferentes somente pelo traço de  vozeamento (O[B] é sonoro e o [P] é surdo). O mesmo se dá mais adiante com a grafia gegou no lugar de chegou: são duas palatais que só diferem, mais uma vez, pelo traço de vozeamento sonoro e surdo.



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sábado, 2 de março de 2013

A Interferência da oralidade na escrita


Observamos tanto nos adultos como nas crianças em processi de alfabetização

Exemplo de um texto escrito por uma pessoa adulta em processo de alfabetização:


    VIAJATES DA FRORESTA

        Era uma ves uma froresta que não tinha quase
        os pichos que foram embora e a família de um esquilo
        um dia o esquilo falou mamãe eu posso proucura um luga
        para nos morar? ela falou não e muinto perigoso ele falou
        mas mamãe eu sou o mas velho decho eu ir tá bem falou
        sua mãe ele partio e ele enfentou muntos dizafios
        para chegar na outra froresta que procurou, procurou,
        procurou, procurou e achou ele arrumou a casa que
        fica numa arvore tava perto de uma grande tem
        pestade que era munto forte ele correu, correu, correu,
        correu ele não gegou a tem[po?] e a chuva caio e ele cheg[?]
        la na onde a mãe dele estava no outro dia eles
        foram para casa nova e vivero felises.


O que vocês tem a dizer sobre este texto? Na quarta publicaremos os comentários sobre ele.