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sábado, 29 de junho de 2013

Até que ponto a oralidade é aceita? É positiva ou negativa?


     
A oralidade é positiva quando estudamos as teorias linguísticas voltadas para a contemporaneidade tendo a seguinte função: mostrar que as palavras navegam pela nebulosa da língua sem respeitar fronteiras rígidas, sem se encaixar de uma vez por todas nessa ou naquela classe. E que as classes gramaticais não são compartimentos fechados mas, sim, domínios conceituais como centro mais definido e bordas extremamente fluídas, por onde as palavras podem entrar e sair sem dificuldade (linguagem figurada). Podemos observar na obra de MEIRELES C.
     
     Veja como a autora tem a capacidade de brincar com as palavras dando vida, movimento  na hora de interpreta-lás. 
   
Aí, palavras, aí, palavras 
que estranha potência a vossa! 

Todo o sentido da vida.
principia a vossa porta:
o mel do amor cristaliza 
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...

A liberdade das almas,
aí! Com letras se elabora...
E dos venenos humanos 
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil, como o vidro 
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam... 

        MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985(fragmento). 

    OBS: Palavras não são conceituadas, apenas usadas e aplicadas de acordo com o contexto (no sentido metafórico).


Fiquem atentos aos novos posts do blog da Professora Juliana Gouvêa!

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